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Bruscão no Catarinense 2018: O que deu errado?

Com campanha difícil durante todo o Campeonato Catarinense, o Bruscão flertou até a última rodada com a zona de rebaixamento. Mas com o suado placar de 1 a 1 contra o Inter de Lages no domingo de Páscoa (1), a equipe ficou com a sétima posição e garantiu mais um ano na elite do futebol estadual. O Jornal Esporte SC faz uma análise da campanha e aponta quais foram as principais falhas da equipe no Catarinão 2018.

por Wiliam Todt
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Com campanha difícil durante todo o Campeonato Catarinense, o Bruscão flertou até a última rodada com a zona de rebaixamento. Mas com o suado placar de 1 a 1 contra o Inter de Lages no domingo de Páscoa (1), a equipe ficou com a sétima posição e garantiu mais um ano na elite do futebol estadual. O Jornal Esporte SC faz uma análise da campanha e aponta quais foram as principais falhas da equipe no Catarinão 2018.

1. Maus investimentos
Neste ano Brusque fez seu maior investimento até agora na folha de pagamento dos atletas. Jogadores com passado de glória no Brasil e no exterior foram contratados para reforçar a equipe, mas poucos deles fizeram valer o investimento. A falta de regularidade desses jogadores levou inclusive a dispensa deles ainda no começo do Campeonato. Nomes como França, Antônio Carlos e Edu viraram cartas fora do baralho durante o returno da competição.

O problema foi enfatizado pelo técnico Pingo logo após ao duelo da última rodada da competição. “Realmente, precisamos ser muito conscientes. Quando se fala em manutenção e dispensas eu sou responsável também, como treinador. E infelizmente nosso planejamento deste ano não foi o desejado, claro que no futebol nunca se tem a certeza de que vai dar certo, mas os problemas que estavam acontecendo estavam atrapalhando o trabalho diário da equipe. Nós conversamos com diretoria e tomamos uma posição da qual eu não gosto muito, mas era necessária. E talvez se tivéssemos tomado essa atitude antes estaríamos em uma situação bem melhor agora”, assume.

2. Necessidade de mudança de técnico
A equipe começou no campeonato sendo comandada por Picoli, mas devido ao seu baixo rendimento, o treinador foi dispensado, jogando por fora todo o trabalho de pré-temporada com o comandante anterior. Foi aí que veio Pingo, que já havia liderado a equipe em outras ocasiões, inclusive garantindo ao clube a atual vaga na série D. O problema que a troca de técnicos causa é o fato de o novo comandante precisar trabalhar com uma equipe e um planejamento que não é seu. Isso deu a Pingo pouca liberdade para montar seu elenco, com homens de confiança, e criar estratégias de jogo.

3. Lesões
Outro fator que atrapalhou a equipe relativo ao Estadual foi a quantidade exorbitante de lesões. Foram raras as vezes em que Pingo pôde contar com a equipe completa. Esse desfalque impediu que o técnico pudesse poupar jogadores chaves, fazer substituições e adaptar suas estratégias durante as partidas.

4. Pouco Tempo
Com a troca de jogadores e muitos deles chegando em cima da hora, não houve tempo para que a equipe se entrosasse. E essa falta de entrosamento entre os atletas se converteu em maus resultados para o clube.

5. Desempenho ruim no estádio Augusto Bauer
Nunca, desde 2013, o Brusque teve um desempenho tão ruim no Campeonato Catarinense jogando em casa. Conhecido e respeitado por sem um mandante indigesto, a equipe não confirmou a fama nesta temporada. Em 9 jogos na competição, foram apenas duas vitórias, diante de Concórdia e Criciúma, ainda no primeiro turno. Em cinco jogos no returno, o time não ganhou nenhum (4 derrotas e 1 empate). No total, foram 9 jogos com 2 vitórias, 4 empates e 3 derrotas. O aproveitamento é de apenas 37%.