No primeiro Intercontinental da história do futsal feminino, o Leoas da Serra viajou à Espanha em 8 de junho de 2019 para enfrentar o então campeão europeu, Atlético Navalcarnero. A data que chega a dois anos essa semana foi o marco de um dia histórico para o futsal feminino.
A presidente do Leoas da Serra, Gi Morena, ressalta a importância do desafio em solo europeu. “Fizemos com que as pessoas acreditassem que era possível, uma modalidade que sofre tanto com a falta de apoio, calendário, organização que o futsal feminino merece”, destaca. “Estávamos, naquele momento, assumindo a responsabilidade não somente de elevar o padrão do futsal feminino, como também de representar nosso país e levar nossa história a conhecimento de todos”, relata.
“Fizemos com que as pessoas acreditassem que era possível, uma modalidade que sofre tanto com a falta de apoio, calendário, organização que o futsal feminino merece”
Gi Morena, presidente do leoas da serra
A presidente conta que quando Maurício Neves de Jesus, fundador do clube, levou a ideia a ela num primeiro momento pensou no custo para a disputa do mundial, porém, com ajuda de patrocínios a equipe disputou o torneio. “Quando o Maurício me trouxe essa ideia, num primeiro momento já veio à cabeça o tamanho da responsabilidade de custear tudo isso, mas tivemos pessoas incríveis ao nosso lado que acreditaram e tornaram possível”, explica.
Gi diz que o sentimento é inexplicável e sempre que relembra o Intercontinental se emociona. “O sentimento é inexplicável. Relembrar esse momento me emociona porque saber de onde viemos e de repente estamos lá, caminhando pelas ruas de Madrid, escrevendo nossa história, representando todos os clubes brasileiros que lutam diariamente pelo reconhecimento, como não se emocionar?” finaliza a presidente.
Em solo europeu, o time brasileiro sofreu após uma viagem desgastante. A quadra espanhola atrapalhou com muitas demarcações. Houve também muitas contestações com a arbitragem. As brasileiras acabaram derrotadas por 3 a 1. Porém, voltaram para Lages com a mala cheia de esperança que o desfecho desta história seria diferente. Na volta, as Leoas devolveram o resultado e levantaram o sonhado título mundial.
Foto: Fom Conradi