Home ColunasAndreia Borssatto Na coluna de Andreia Borssatto: Conheça a Medalha de Mérito “Pierre de Coubertin”

Na coluna de Andreia Borssatto: Conheça a Medalha de Mérito “Pierre de Coubertin”

Prêmio de cunho humanitário esportivo valoriza pessoas que dão mais valor ao esporte do que a própria vitória.

por Redação
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Conquistar uma medalha é o maior sonho do atleta que disputa a Olimpíada. É o desejo de encerrar um ciclo com o melhor resultado, após anos de dedicação e treinamento.

Existe uma medalha com um significado muito valioso, supera a premiação tradicional de ouro, prata ou bronze, e poucas pessoas até hoje conquistaram.

Desde 1964, o Comitê Olímpico Internacional (COI) passou a oferecer uma nova premiação, a medalha Pierre de Coubertin. O nome desta premiação é uma homenagem ao fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. E o objetivo do COI foi valorizar os atletas que, durante as competições, aplicassem os ideais do olimpismo, em alguma situação inusitada ou até mesmo adversa.

Esta honraria olímpica é concedida a atletas ou a pessoas envolvidas com Olimpíadas que demonstrem alto grau de esportividade e um espírito olímpico exemplar diante de situações diferentes. O prêmio de cunho humanitário esportivo valoriza as pessoas que dão mais valor ao esporte do que a própria vitória.

Dentre os ilustres premiados está o ex-atleta brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima

Diferente das medalhas de ouro, prata e bronze, esta medalha é toda feita de ouro. E não tem relação alguma com o desempenho técnico do competidor, mas com suas qualidades morais e éticas e a demonstração do mais puro espírito esportivo, que transcende o FAIR PLAY,  acontecidas durante as disputas.

Em mais de 120 anos de história olímpica, apenas 21 personalidades do mundo esportivo ganharam a medalha que é considerada a honraria mais alta do esporte. Três deles foram condecorados post mortem: o tcheco Emil Zatopek, o alemão Luz Long e o canadense Richard Garneau. Os demais, receberam a homenagem em vida.

Dentre os ilustres premiados está o ex-atleta brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima. Ao disputar a maratona em sua terceira Olimpíada, no ano de 2004 em Atenas, o brasileiro liderava a prova quando sofreu uma interferência externa de um manifestante. Mesmo assim, o atleta demonstrou espírito esportivo exemplar, continuou a corrida e subiu ao pódio para receber a medalha de bronze.

Na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), escolheu Vanderlei Cordeiro de Lima como personagem principal na cerimônia de abertura. Coube a ele acender a pira olímpica no estádio do Maracanã. Mais uma linda e merecida homenagem a ele, que é um exemplo a ser seguido.

Foto: Divulgação

Sobre a colunista

Andreia Munalli Pereira Borssatto têm 43 anos e é natural de Rio Negro PR. É Formada em Educação Física pela UFSC e Profissional de Educação Física há 22 anos. Atualmente é professora e coordenadora do Curso de Educação Física da Uniplac e Mestranda do programa Ambiente e Saúde da Uniplac. Ela escreve em EsporteSC sempre aos sábados.