Coluna Psicologia do Esporte: Por Gustavo Assi
Correr, pular, alongar, estudar, chutar, bater, treinar, alimentar-se bem e competir. Esses são alguns comportamentos esperados de um atleta no seu dia a dia, que envolvem um grande esforço físico e psicológico, tanto para sua aquisição como para sua manutenção. Levando em conta um atleta profissional, essas são habilidades essenciais para a sua profissão. Mas sempre gosto de chamar a atenção para algo que vai além das quadras e academias que, na minha visão, faz parte do trabalho do atleta: a responsabilidade social.
Não é incomum vermos ou ouvirmos atletas se envolvendo em escândalos dos mais diversos tipos, alguns completamente execráveis. Não vou citar aqui nomes e eventos, pois é só fazer uma pesquisa rápida na internet para encontrar. Desde que somos concebidos até o momento em que falecemos, estamos em constante aprendizagem, porém é na infância e adolescência que a aprendizagem pelo modelo assume um papel importante no nosso desenvolvimento. É por meio da observação desses modelos, e da imitação, que nós aprendemos a nos relacionar com o mundo a nossa volta. Por isso, um atleta que não considera o impacto de seus comportamentos na sociedade não deveria merecer a admiração de milhares de jovens e crianças, e muito menos servir de inspiração de vida.
Escolher esse caminho é também assumir a responsabilidade pelas consequências de seus atos, uma vez que seu modo de vida serve de inspiração à outras pessoas. Por isso, pergunto: atleta, que tipo de legado você gostaria de deixar no mundo, e o que você poderia fazer para alcançar isso?
Sobre o colunista
Gustavo Assi é psicólogo formado pela Unifebe e pós-graduado em Neuropsicologia pela Uniara. Atua como psicólogo clínico e, dentre todas as demandas, atende, também, atletas por meio de consultoria em psicologia do esporte e do exercício.COLUNA